Preste muita atenção nesta matéria da Revista Época, publicada há pouco mais de um ano
(Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho da Época)
A PGR de Brasília, através de seu núcleo de combate à corrupção, investiga um empréstimo (autorizado pelo ex-presidente Lula) de US$ 747 milhões (R$ 2,39 bilhões no câmbio de hoje) concedido pelo BNDES para a construção de duas linhas do metrô das cidades de Caracas e Los Teques, na Venezuela.
Adivinhem quem ‘tocou’ a obra? Sim, se você respondeu Odebrecht, a resposta está correta!
Uma das linhas desse metrô foi financiada pelo BNDES ainda no governo de FHC, porém o valor de US$ 747 milhões foi negociado em 2009, quando Lula se encontrou com Hugo Chávez, em Salvador, na Bahia.
Na época, a Venezuela enfrentava uma crise financeira devido à queda do preço do petróleo no cenário mundial.
Chávez então recorreu a seu amigo Luiz Inácio, que, mesmo sabendo do risco de ‘calote’, autorizou o pacote de bondades para seu amigo comunista.
Há cerca de 3 anos, o TCU descobriu que o BNDES liberou (em 2010) um adiantamento de US$ 200 milhões “sem justificativa na evolução da obra” da linha Los Teques […] a Odebrecht só havia gastado pouco mais de 8% do valor total da obra.
Mesmo assim (sem prestar contas do dinheiro público que foi injetado na Venezuela), a torneira continuou aberta e o restante do empréstimo foi liberado.
A dívida do banco estatal da Venezuela com o BNDES (neste empréstimo especificamente) já está em torno de US$ 1 bilhão.
O valor foi negociado para ser pago ao longo dos próximos dez anos.
A pergunta que não quer calar:
“Será que o país comunista de Hugo Chávez está pagando essa dívida?”
Nem precisa responder.