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Se as empresas dizem que estão ‘certas’, então porque pagaram propinas para fiscais corruptos?

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A Suécia, país que preza pela honestidade no trato com a ‘coisa pública’ e também ‘não pública’, costuma dizer (através de seu Serviço Nacional Anticorrupção ) que “corrupção é corrupção e não pode existir diferença entre crime de pequeno, médio ou grande porte” 

(Patrícia Carvalho para o Diário do Brasil)

Na última semana tivemos a deflagração da Operação Carne Fraca, da PF, onde 21 frigoríficos foram autuados por agir de maneira ilícita (tanto no trato ao consumidor quanto na questão de burlar as leis).

Houve uma escandalização de todo o processo? Talvez.

Petista ‘doentes’ estão usando a situação para alegar que a PF será culpada pelo desemprego (que certamente virá) no país.

Outros, mais dementes ainda, chegaram a criar uma teoria da conspiração dizendo que os EUA querem derrubar a economia brasileira e usam espionagem industrial para atacar nossas empresas.

O governo federal tenta minimizar a situação e diz que tudo não passou de algo ‘pontual’:

” São apenas 21 frigoríficos entre 4 mil que exitem no país” disse o presidente Temer.

Já as empresas citadas negam todas as acusações e iniciaram um bombardeio publicitário nas tv’s, nas rádios, no google, no youtube, enfim, querem defender seus patrimônios […] e não estão erradas.

Diante de todo esse quadro, algumas questões ficam pairando no ar:

► Se 21 empresas agem de maneira imprudente e imoral, isso pode ser classificado como ‘questão pontual’ ? E se algum parente do presidente da república contraísse câncer pelo uso excessivo de algum produto químico? Essa questão ainda seria considerada pontual?

► Devemos combater a corrupção varrendo a sujeira para debaixo do tapete ou devemos implementar leis que incentivem os setores público e privado a agirem com honestidade?

► Os 33 funcionários públicos que cobraram propina não deveriam ser afastados imediatamente e responder pelos crimes que cometeram? (apenas 4 perderam seus cargos. Os outros estão afastados ‘temporariamente’ até a poeira baixar)

► Se os empresários envolvidos na operação da PF alegam que agiram no mais absoluto rigor e transparência no processo de fabricação das carnes, então porque pagaram propinas para fiscais? Não seria o caso deles chamarem a PF e denunciar esses fiscais corruptos?

► Porque existe uma diferença brutal entre os produtos consumidos internamente e os produtos exportados? Não seria hora de criar leis rígidas que beneficiem a população que mais paga imposto no planeta?

Eu, Patrícia, que me enquadro no grupo de ‘reles mortais’, decidi formular as questões acima porque minha cabeça deu um nó!

Talvez alguma pessoa com conhecimentos específicos no assunto (que não é o meu caso) possa me enviar um email para desmistificar esse ‘mal-entendido’ provocado pela Polícia Federal ‘opressora’ e ‘provocadora de desemprego’.

O que aconteceu no setor de carnes não foi exclusivo desse segmento.

Setores de telefonia, bancos e remédios serão os próximos. Anotem aí o que eu digo!

 

 


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