Lula e sua ‘trupe’ jurídica tentam encontrar uma nova narrativa para tentar justificar os prováveis crimes que ele possa ter cometido durante o exercício da Presidência
(Patrícia Carvalho e Aline Sanches de Brasília para o Diário do Brasil)
ALTERNATIVA 01 – O VITIMISMO
Sem argumentos e usando o discurso repetitivo do vitimismo, o ex-presidente quer emplacar novas abordagens diante dos obstáculos que tem com a justiça.
Interlocutores próximos do petista dizem que o ‘homem’ está agitado e não consegue esconder sua apreensão quanto ao seu destino.
“Ele conta as horas e os minutos”, disse um amigo próximo da família.
O amigo relata que Lula está com os nervos ‘à flor da pele’.
O ex-presidente não se cansa de repetir para as pessoas mais próximas que “esta será a maior batalha de sua vida”.
O nervosismo do ex-presidente é justificável. Ele sabe que Sérgio Moro vai pegá-lo de forma definitiva no dia 3 de maio próximo.
Pensando nisso, a equipe jurídica do petista tentará convencer o juiz Moro a ser misericordioso com o ex-presidente.
Vão argumentar que “ele fez tudo pelo país, ajudou os pobres, criou o Bolsa-Família” , enfim, aquele mi-mi-mi do “nunca antes na história desse país’ que Lula vem representando em seus discursos desde sempre.
Os advogados tentarão mostrar para o juiz Moro que é necessário preservar a instituição do Presidente da República e a prisão de Lula poderia manchar a história da democracia no Brasil e abrir um precedente no sistema político do país.
Quando estiver frente a frente com Moro, Lula vai pedir ao juiz que seja condescendente com ele e com a democracia do Brasil.
ALTERNATIVA 02 – CASO O VITIMISMO NÃO FUNCIONE
Há cerca de um ano, o senador Jorge Viana (PT-AC) conversava com o advogado Roberto Teixeira [que representa Lula] e sugeriu que o ex-presidente transformasse sua defesa numa “ação política”, desacatando o juiz Sérgio Moro.
Para o senador, a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal não teriam coragem de prender Lula por desacato, pois haveria comoção no país.
abaixo um transcrição da conversa do senador com o advogado:
”É forçar a mão nele (o juiz Sérgio Moro) pra ver se ele tem coragem de prender por desacato a autoridade, porque aí, aí eles vão ter uma comoção no país, porque ele vai estar defendendo a família dele, a honra dele.
É dizer: “Olha, eu estou defendendo a minha honra, você está agindo fora da lei, e quem age fora da lei é bandido”