A popularidade do sushi (iguaria que se tornou tão tradicional quanto o arroz com feijão) fez com que os casos de infecções parasitárias aumentassem consideravelmente em todo o mundo, apontou um estudo do British Medical Journal.

Pesquisadores portugueses chegaram a essa conclusão após um diagnóstico detalhado feito em um homem de 32 anos.

O paciente começou a sentir fortes dores abdominais, febre e vômitos que duravam mais de 7 dias.

Uma endoscopia revelou que larvas de um parasita chamado Anisakis estavam se proliferando no estômago do homem.

A anisaquíase, doença provocada pelo parasita citado acima, é causada pela ingestão de peixes e frutos do mar crus que contenham as larvas.

No hospital, o paciente confirmou que havia ingerido sushi duas semanas antes de começar a sentir os sintomas.

Os médicos informaram que o parasita só pode ser removido cirurgicamente ou através da endoscopia […] nesse caso especificamente, não foi necessária uma intervenção cirúrgica.

A larva costuma ficar no intestino delgado e dificilmente chega ao intestino grosso.

Em casos já detalhados, a larva perfura o intestino e cai na na cavidade peritonial, provocando um quadro de peritonite, que é uma infecção grave ou inflamação do peritônio (revestimento do trato intestinal).

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos alertou que, para consumir o sushi, são necessárias algumas medidas preventivas:

O peixe deve estar congelado a uma temperatura abaixo dos -20°C por um período mínimo de 72 horas (idealmente por 7 dias). 

Durante o preparo, o peixe deve ser aquecido em temperaturas acima dos 60 graus, assim as larvas do parasita são eliminadas.

Bons restaurantes devem capacitar seus ‘chefs de sushi ou sushimans ‘ para que os mesmos sejam capazes de detectar as larvas do Anisakis no momento do preparo da iguaria.

No Brasil já foi relatado um caso de morte por infecção grave devido ao consumo de peixe cru.

Sushi estragado causa infecção grave em jovem de Campo Grande

Cuidados na hora de comer sushi