O ex-chefe do GCHQ (Government Communications Headquarters), uma das 3 agências de espionagem da Grã-Bretanha, disse que Pyongyang está visando o setor financeiro britânico para financiar suas ambições nucleares.
“Eles estão atrás do nosso dinheiro”, advertiu Robert Hannigan, que dirigiu a agência de inteligência durante os últimos 3 anos.
Hannigan disse ao jornal The Times que, embora as armas militares de Kim Jong-un não representem uma ameaça direta ao Reino Unido, as capacidades cibernéticas da Coréia do Norte são extremamente agressivas e avançadas.
O país comunista tem melhorado seu ‘sistema de hackeamento’ através da colaboração com o Irã e outras redes criminosas que operam no sudeste da Ásia e na China, informou o especialista:
“Seus mísseis não chegarão ao Reino Unido, mas seus ataques cibernéticos, inevitavelmente, poderão atingir várias partes da Europa.”
“À medida que as sanções econômicas fazem efeito, a Coréia do Norte fica mais desesperada pela moeda estrangeira e eles continuarão sendo mais agressivos com relação ao setor financeiro. Eles estão atrás do nosso dinheiro.” explicou Hannigan.
De acordo com o especialista, os ataques cibernéticos podem ser lançados de fora do país através da terceirização para grupos criminosos:
“Eles não se importam com danos os colaterais. Diversos grupos de criminosos (espalhados pelo mundo) digitais trabalham 24 horas para Kim Jong-un.”
O ex-chefe do GCHQ também disse que a capacidade do Ocidente de lidar com a agressão cibernética da Coréia do Norte é “limitada” e que as ambições cibernéticas de Kim Jong-Un também ameaçam a Coréia do Sul e parte da Ásia:
“O Cyber-ataque é apenas uma das maneiras que o líder norte-coreano dispõe para gerar o caos no mundo”, acrescentou Hannigan.
“Esses ataques estão se tornando mais sofisticados e inteligentes […] roubos de dinheiro e interrupção nos sistemas, incluindo as redes sociais, serão cada vez mais frequentes”. encerrou.