Desde fevereiro, vários especialistas das áreas de saúde psíquica previram que a pandemia (com um consequente lockdown) poderia levar o mundo a uma crise de saúde mental.
Conforme previsto, desemprego em massa, isolamento, preocupações financeiras, falta de estrutura escolar, ansiedade, falta de perspectiva, terrorismo midiático e outros fatores estão cada vez mais afetando as pessoas em todo o mundo.
Não foram somente os ‘especialistas’ que fizeram esse importante alerta … aqui no Brasil, por exemplo, o presidente Bolsonaro sempre frisou essa questão.
No Japão, um dos poucos países do mundo que divulga dados regulares sobre suicídio, os números são assustadores.
O governo mostrou que, somente no mês de outubro, o número de pessoas que tiraram suas vidas subiu para 2.153 … enquanto as mortes por Covid-19 (desde o início da pandemia) somam 2.042.
Houve um aumento de 21,3% nos suicídios de homens em outubro (para 1.302) e de 82,6% nos suicídios de mulheres (para 851).
O número acumulado de suicídios de janeiro a outubro (no Japão) de 2020 é de 17.219.
Ou seja, o número de suicídios registrados em um único mês é maior do que o número de mortes ocorridas (em decorrência do vírus chinês) durante toda a pandemia.
“Nós nem tivemos um lockdown e o impacto da Covid-19 é mínimo em comparação com outros países, mas ainda assim temos esse grande aumento no número de suicídios”, afirmou Michiko Ueda, professora associada da Universidade Waseda em Tóquio e especialista em suicídios.
“Isso sugere que outros países podem ver um aumento semelhante ou ainda maior no número de suicídios no futuro”.
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